A infecção do trato urinário (ITU) é um quadro infeccioso que pode ocorrer em qualquer parte do sistema urinário (rins, bexiga, uretra e ureteres). É um dos tipos mais comuns de infecção.
Muitos pacientes sofrem com infecções urinárias de repetição. Infecção Urinária de Repetição, quer dizer que o paciente apresentou, 2 episódios de ITU em 6 meses ou mais de 2 em 1 ano.
As Mulheres são mais acometidas que os homens devido a curta extensão da uretra feminina (cerca de 3cm), além da proximidade da região perianal com a vagina.
No caso dos homens com ITUs deve-se investigar outros fatores, como dificuldade de esvaziamento vesical por obstrução infra-vesical, sendo o aumento da próstata o mais comum.
As bactérias presentes na vagina e no ânus são as principais responsáveis pelas ITUs. Temos bactérias presentes naturalmente em todo nosso corpo, esses organismos podem contaminar a urina a partir do canal da uretra e chegar até a bexiga ou atingir os rins.
Quando o sintoma é somente relacionado a uretra, temos a Uretrite. Porém a infecção mais comum é a infecção da bexiga, chamada Cistite e quando por último a infecção atinge os rins, tornando-se mais grave, falamos em Pielonefrite. Essa última cursa com febre e outros sintomas sistêmicos.
A bactéria mais comum das ITUs é a Escherichia coli, que é normalmente encontrada na flora intestinal.
Os principais sintomas de ITU são: ardência ou dor para urinar (disúria), vontade de urinar várias vezes (polaciúria), dor pélvica e sangue na urina.
Alguns fatores de risco para ITUs:
• Sexo feminino
• Menopausa
• Gestação
• Doenças Imunológicas
• Envelhecimento
• Fatores obstrutivos (cálculos renais, aumento prostático, refluxo vesico ureteral, etc)
• Uso de cateteres (sondas)
Algumas medidas simples podem ajudar a prevenir infecções urinárias recorrentes: medidas de higiene adequadas como limpar-se de frente para trás e lavar-se após evacuar; beber água em quantidade adequada, em torno de 1,5-2L por dia para diluir a urina; manter a região perineal seca (cuidado durante o período menstrual e incontinências urinária e fecal, principalmente com o uso de absorventes ou fraldas que mantem a região úmida aumentando a solução de contiguidade e facilitando a contaminação local).
Dependendo da avaliação, o urologista pode prescrever Imunuterápicos (espécie de vacina oral que melhora a imunidade local), medicações profiláticas (para diminuir a recorrência), hormônios de aplicação local para ajudar a flora vaginal (para as pacientes na menopausa).
O diagnóstico é clínico, porém o exame de urina simples e a cultura de urina são valiosas principalmente para ITUs de repetição. As vezes exames de imagem também podem ser necessários na investigação.
O diagnóstico preciso e o tratamento correto são fundamentais na recuperação do paciente, na redução de custos e na utilização adequada de antimicrobianos.