O cálculo renal tem uma prevalência ao longo da vida de aproximadamente 10% a 15% da população. Acomete mais adultos jovens (3ª e 4ª décadas de vida). A incidência nos homens é 2 a 3 vezes maior do que em mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos.
A litíase renal é mais comum em regiões quentes, áridas ou de clima seco. A sua incidência está relacionada ainda a fatores de risco ocupacionais. Trabalhadores que ficam expostos a altas temperaturas e a situações que levam à desidratação apresentam uma menor quantidade de citrato (que tem efeito protetor na formação de cálculos) e um menor volume urinário. Com isso, a urina se torna mais concentrada, o que leva a uma maior prevalência nesse grupo.
Está muito associado com o estilo de vida sedentário, aos maus hábitos alimentares e à baixa ingesta hídrica. Pacientes com história familiar de cálculo renal têm 2-3x mais chance de desenvolverem litíase. A raça branca é a mais acometida. Sabe-se que indivíduos com Índice de Massa Corporal (IMC) > 30 Kg/m2 também são mais suscetíveis à litíase renal.
Existem doenças associadas com a formação de cálculos. Deve-se investigar alterações anatômicas congênitas dos rins que favorecem a cristalização da urina. Assim como, alguns medicamentos podem estimular a sua formação.
Os cálculos renais podem conter variáveis combinações de elementos químicos.
• O tipo mais comum é o que contém cálcio em combinação com oxalato ou fosfato. Esses cálculos representam 75% de todos os cálculos renais.
• Um tipo menos comum de cálculo é causado pela infecção urinária. Esse tipo de cálculo é chamado estruvita ou cálculo infeccioso. Eles podem ser de grande tamanho e obstruir a via urinária, podendo levar a grandes danos renais.
• Ainda menos comuns são os cálculos de ácido úrico, que estão associados com a gota ou quimioterapia, compreendendo cerce de 10% dos cálculos renais, e outros mais raros.