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Incontinência Urinária

Incontinência Urinária

A Incontinência Urinária é definida pela perda involuntária de urina de urina pela uretra. A Incontinência pode ser de Esforço ou de Urgência, alguns pacientes apresentam os 2 tipos, o que caracterizaria Incontinência Urinária Mista

O diagnóstico pode ser realizado com a história clínica da paciente e com o exame físico. Além disso, o Estudo de Urodinâmica também pode auxiliar no diagnóstico correto.

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Incontinência Urinária de Esforço

É a perda urinária ao esforço físico (exercícios como correr, pular cordas, dançar, carregar peso; tossir; espirrar ou até mesmo durante a relação sexual) as vezes até mesmo atividades mais leves como caminhar ou ao levantar-se. Isso acontece pois ao fazer esforço ocorre um aumento súbito de pressão abdominal e esse aumento de pressão também é transmitido para a bexiga e por sua vez para a uretra, causando hipermobilidade da uretra, tirando-a do eixo do esfincter externo e levando à perda urinária.

Os principais fatores de risco são:
Obesidade, Envelhecimento, Trabalho de parto, Cirurgias ginecológicas, Menopausa, Constipação crônica, Tabagismo (tosse crônica)

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Incontinência Urinária de Urgência

É a perda urinária involuntária de urina durante uma vontade forte e repentina na qual o paciente não consegue ter tempo de chegar ao banheiro antes de escapar urina. O mecanismo que leva a esse tipo de perda urinária é a contração involuntária do músculo da bexiga chamado detrusor. Esse músculo é responsável pelo esvaziamento vesical durante a micção, pois ao contrair ajuda a expulsar a urina da bexiga.

Os principais fatores de risco são:
Prolapsos vaginais (“bola na vagina”), Hipotireoidismo, Diabetes, Cirurgias ginecológicas, Abuso de cafeína ou outros estimulantes.

O tratamento da Incontinência Urinária vai depender do diagnóstico correto podendo-se assim atuar na causa:
Mudanças comportamentais, Fisioterapia, Cirurgia de Sling, Medicação, Laser vaginal, Botox vesical, Neuro modulador sacral (Interstin).

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Sling

A cirurgia de Sling é o método cirúrgico mais comum para correção da Incontinência Urinária de Esforço, consiste na colocação de uma faixa sob a uretra (material autólogo = aponeurose da própria paciente ou material sintético = polipropileno geralmente) assim dando sustentação a mesma. A maioria das pacientes, mais de 90% apresentam-se secas após a cirurgia e uma por porcentagem ainda maior refere melhora da Incontinência Urinária e da qualidade de vida.

Sling de material sintético nas posiçoes Transobturatório e retro-púbico respectivamente
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Exame de Urodinâmica

O exame auxilia no diagnóstico e decisão terapêutica da incontinência urinária, disfunção vesical, bexiga neurogênica e obstrução infra vesical. É um exame invasivo, pois o paciente é submetido a sondagem vesical e posicionamento de um pequeno balão retal. Esses dispositivos são necessários para se medir as pressões durante o exame, além de encher a bexiga com soro fisiológico. Podemos dividir a Urodinâmica em 3 partes:

01.Urofluxometria

Medida do fluxo e volume urinário sem a sondagem ou balão retal. O paciente precisa estar com a bexiga cheia para iniciar o exame. O paciente urina naturalmente e mede-se nessa fase o fluxo urinário, a quantidade de urina e após aferimos o resíduo pos miccional com a sondagem da bexiga.

02.Cistometria

Fase do exame na qual o paciente já está sondado e conforme o soro fisiológico enche a bexiga pode-se aferir dados como sensibilidade vesical, desejo miccional, presença de contrações involuntárias da bexiga (CIDs), capacidade cistométrica máxima (CCM), complacência vesical. Além disso, pode-se avaliar a incontinência urinária durante manobras de esforço (tosse ou Valsalva) com a bexiga cheia e saber em qual situação ou pressão o paciente perde urina.

03.Estudo Fluxo Pressão

Momento do exame que o paciente urina com as sondas, mede-se então o fluxo urinário e a pressão durante o fluxo, avalia-se os volumes urinado e residual.

O software de urodinâmica apresenta normogramas padronizados (gráficos com intervalos pré estabelecidos) que posicionam o paciente em um determinado padrão e ajuda a definir a possibilidade e obstrução infra vesical ou bexiga hipocontrátil.


Concluindo, o exame de urodinâmica é um exame invasivo, porém importante para o diagnóstico das disfunções miccionais (bexiga neurogênica, incontinência urinária e obstrução infra vesical).